quarta-feira, 25 de abril de 2012

O fim da guerra


Entenda por que a Marcha da Maconha ganhou força em todo o país
 retrata a politica contra as drogas e o avanço da 
Por * - O livro “O Fim da Guerra: a maconha e a criação de um novo sistema para lidar com as drogas” trata do tema mais explosivo do ano. O autor, o jornalista Denis Russo Burgierman, viajou para vários países do mundo tentando descobrir modelos alternativos à guerra contra as drogas, que, após 40 anos, revelou-se um fracasso.
Nas próximas semanas, essa tema irá tomar conta do noticiário e da agenda política, no Brasil e no mundo. Entenda por quê:
- Na Cúpula das Américas, que ocorreu nos dias 14 e 15 de abril, na Colômbia, a legalização das drogas foi discutida pela primeira vez na história por todos os chefes de estado do continente. Vários líderes latino-americanos se manifestaram, apoiando a criação de um novo sistema.
- Na Europa, está acontecendo uma explosão de experimentação com novos sistemas, ao mesmo tempo que modelos mais tradicionais, como o holandês, estão sendo questionados e encontram-se sob ameaça. A cidade catalã de Rasquera acaba de aprovar em plebiscito o arrendamento de terras para a produção legal de maconha, que serviria para fornecer ao mercado de Barcelona. As mudanças estão acontecendo muito rápido.
- Entre maio e junho, pelo menos 30 Marchas da Maconha irão acontecer nas principais cidades brasileiras, pela primeira vez protegidas pela garantia constitucional do Supremo Tribunal Federal. A Marcha de São Paulo terá o tema “Basta de guerra”, parcialmente inspirado no livro.
- Nos Estados Unidos, vários estados irão votar em plebiscito a legalização da maconha, no final do ano. Acredita-se que a probabilidade de pelo menos um estado americano aprovar essa mudança revolucionária é altíssima: o Colorado parece ser o principal candidato. Os Estados Unidos iniciaram a Guerra contra as Drogas, que depois se espalhou pelo mundo. Se um estado americano decidir acabar com ela, isso terá consequências globais.
O tema é emergente e certamente ganhará mais e mais peso ao longo do ano. É importante que o leitor da sua publicação comece a se informar.
Denis Russo Burgierman, 38 anos, é jornalista e foi diretor de redação da revista Superinteressante. Já escreveu várias reportagens sobre política de drogas, além do livro Maconha, lançado em 2002 pela Editora Abril, como parte da Coleção Para Saber Mais. Escreveu também Piratas no Fim do Mundo, de 2003, que relata sua experiência a bordo de um barco cheio de ativistas que foi para a Antártica com o objetivo de afundar baleeiros japoneses. Foi colunista da revista Vida Simples e da veja.com, escrevendo sobre sustentabilidade,inovação e transformação. Entre 2007 e 2008, foi pesquisador visitante na Universidade Stanford, na Califórnia, como parte do programa Knight Fellowship. Foi palestrante na conferência TEDxSão Paulo, em 2009, e coordenou a curadoria do TEDxAmazônia, em 2010. Atualmente é um dos diretores da Webcitizen, uma empresa que constrói plataformas de engajamento cívico.
*Por Denis Russo Burgierman, autor do livro “O Fim da Guerra”

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